Páscoa
A origem da tradicional comemoração da Páscoa remonta ao tempo da escravidão dos judeus pelos egípcios...
A origem da tradicional comemoração da Páscoa remonta ao tempo da escravidão dos judeus pelos egípcios, quando aconteceu a grande fuga do deserto, durante o reinado do faraó Ramsés II. O fato também é conhecido como Êxodo. Houve a abertura das águas do Nilo para que o povo pudesse atravessar e fugir para a liberdade. A Páscoa constitui-se em um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para uma vida. No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach ou Passover. O evento da Páscoa, comemorado quarenta e sete dias após a terça-feira de Carnaval, já não tem quase nenhum sentido cristão. A comemoração demanda muito peixe, coelhinhos que são notáveis apenas por sua capacidade de gerar grandes ninhadas, bombons e ovos de chocololate, como uma forma de aumentar o consumo. Páscoa converteu-se em dezenas de milhares de ovos de chocolate. A Páscoa resumiu-se a uma contabilidade de ovos. A coisa é tão séria que há quem ache que Páscoa significa "ovos de chocolate", postos por coelhos que elas imaginam serem ovíparos. Em resumo, a comemoração da data religiosa mais importante do calendário cristão, restringe-se a uma grande fuga para o consumismo. Mas isso tudo não passa de uma constatação sem nenhuma serventia prática, pois nada muda. Sequer mudará. A data da Páscoa deveria servir para que disséssemos ao homem que vive dando pulinhos de um lado para outro como um coelho: – Pare de tentar fugir de si mesmo. Você nunca chegará a lugar algum se continuar agindo desta forma. E para aquela senhora que vive a chorar pelas tetas, disséssemos: – Pare de reclamar de tudo e faça a sua parte para que a vida seja um pouco melhor de ser vivida para você e os seus. E para aquele miserável que coloca Deus em tudo: "Se Deus quiser", "Deus me livre e guarde", "Deus me perdôe", o pegássemos pela orelha e disséssemos: – Pare de usar Deus como uma muleta que o impede de caminhar. E para aquela outra mulher que fica dizendo "coitadinho do gatinho", mas na verdade só está esperando encontrar uma pedra para atirar nele, disséssemos: – Pare com essa falsidade feito uma melancia que ri verde por fora e sangra vermelho por dentro. E para aquele colega que afirma gostar do trabalho em equipe só pela possibilidade de botar a culpa no outro, disséssemos: – Pare com esse puxa-saquismo imbecil. E para o idiota que acha que é Jesus Cristo só porque seu primeiro nome é Jesus, nunca casou, nunca cortou o cabelo, nunca trabalhou e inventou uma nova religião: – Pare com essas baboseiras e concentre-se nas coisas realmente importantes. Olhando pela janela do coração, simplesmente desejássemos: – Que a verdade esteja acima de tudo; Que o perdão supere as desavenças: Que a transformação aconteca no seu coração e no daqueles a quem você ama, irradiando luz e uma vida realmente nova e abençoada.