Flávio Luís Ferrarini - In Memoriam

Flávio Luís Ferrarini - In Memoriam

Flávio Ferrarini

In memorian

Natural de Nova Pádua, Flávio Luís Ferrarini mudou ainda adolescente para Flores da Cunha (RS), onde fixou residência. Era publicitário e colunista dos jornais O Florense – desde seu início, em 1988 – e Semanário, de Bento Gonçalves. Além disso, Ferrarini, colaborava com vários sites literários.

Entre seus reconhecimentos, está o empréstimo de seu nome à Biblioteca Pública Municipal de Nova Pádua e ter sido escolhido Patrono da 30ª Feira do Livro de Flores da Cunha.

Suas obras mereceram artigos elogiosos, como o de José Paulo Paes, ensaísta, poeta e tradutor brasileiro. Ferrarini acumulou resenhas entusiastas em importantes publicações literárias do Brasil.

Flávio Luís Ferrarini publicou seu primeiro livro individual em 1985, abrindo uma série de dezessete obras, nos gêneros de contos, crônicas, poesia, poesia em prosa, novela e narrativas infanto-juvenis. O colunista morreu em um acidente de trânsito em 16 de junho de 2015. Suas crônicas permanecem no site como forma de homenagem póstuma.

 

Contatos

13 decisões para 2013

Pois, não sei se você já foi informado, mas 2013 será um ano bipolar. Pelo que se lê e ouve por aí, o ano novo será de mais baixos do que altos.

Pois, não sei se você já foi informado, mas 2013 será um ano bipolar.
Pelo que se lê e ouve por aí, o ano novo será de mais baixos do que altos.
Pelo menos isso é o que estão prevendo e assegurando os videntes, numerólogos, tarólogos, astrólogos, mães e pais-de-santo e místicos em geral.
Como se as coisas já andassem péssimas na questão da sustentabilidade, as informações premonitórias dão conta que até dezembro de 2023, em algumas regiões do mundo, a temperatura chegará a 63 graus e o mar subirá até sete metros acima de seu nível normal. Possivelmente alguns países da África irão cozinhar até torrar e, outros, como a Islândia, irão derreter e acabar com a água batendo nas orelhas.
O espantoso é que nestas previsões existem de vírus a bactérias terrivelmente assassinas que irão matar muito mais do que os mais poderosos exércitos do mundo.
Não estou querendo alarmar você, porém, é melhor tomar cuidado. Pode ser que dessa vez os videntes errem menos que em anos anteriores e o mundo volte aos tempos pré-diluvianos.
Pode ser que esse tipo de coisa não o afete, mas se eu fosse você, raro leitor, também tomaria algumas decisões para sobreviver à bipolaridade de 2013.

1ª Decisão: aderir a uma dieta à base de linhaça, chá de folha de bambu, limão, mamão papaia, azeite extra-virgem, arroz integral, aspargo, salsa, aveia, rodelas de beterraba, barras de cereais lights, suflês de abobrinhas e saladas verdes incapazes de agraciar as papilas gustativas.
2ª Decisão: cortar a Coca-Cola, porque ela é capaz de derreter ossos de frango e até de eliminar manchas de privadas.
3ª Decisão: guardar no quarto a escova por causa das bactérias do banheiro.
4ª Decisão: eliminar totalmente do cardápio a maionese, o sal, as frituras e o filtro solar, porque filtro solar também engorda.
5ª Decisão: não pegar em nenhuma maçaneta de porta de banheiro coletivo sem antes enrolar papel toalha na mão.
6ª Decisão: não usar mais desodorante de marca alguma mesmo que as axilas fedam mais que bafo de leão nos dias quentes. Desodorante é cancerígeno.
7ª Decisão: deixar as ervas daninhas tomarem conta do jardim para evitar que a mão caia de repente após uma picada de uma viúva-negra.
8ª Decisão: empregar espátulas para abrir envelopes para evitar contato com o cocô de rato misturado à cola.
9ª Decisão: lavar excessivamente as latinhas de suco antes de abri-las.
10ª Decisão: fugir da tentação da cervejinha, da caipirinha, da cachacinha e todas essas porcariazinhas que contêm álcool, que derruba e mata sem dó nem piedade.
11ª Decisão: não beber refrigerante com rodelas de limão – elas contêm milhões de bactérias.
12ª Decisão: passar longe dos controles remotos de quartos de hotéis, pois o hóspede anterior pode ter navegado em canais para adultos.
13ª Decisão: usar luvas para ler o jornal (mas se não estiver usando luvas neste momento, não se preocupe: é tarde demais).