VAMOS FALAR SOBRE COMER INTUITIVO?!
Está todo mundo falando sobre isso e na coluna de hoje eu vou explicar para vocês o que é e como funciona
Eu não sei qual a relação que vocês têm com a comida, mas a minha, graças ao histórico de opressão do corpo feminino, sempre foi complexa e profunda.
São mulheres de todas as idades, classes sociais e nacionalidades, que foram e ainda são vítimas de dietas malucas e extremamente restritivas, que tem, como único objetivo, a perda de peso rápida e nada saudável. Depois de muitas dietas um tanto quanto duvidosas surgirem, estamos finalmente abrindo o diálogo e desvendando que ter uma alimentação saudável - para o nosso físico e emocional - é o melhor caminho. E é disso que a prática do comer intuitivo fala.
O conceito de comer intuitivo foi desenvolvido por Evelyn Tribole e Elyse Resch, duas nutricionistas norte-americanas, e ele fala que devemos comer a partir da confiança em nosso próprio corpo, sabendo diferenciar as sensações físicas, como a da fome, das emocionais, como a ansiedade. Como diz o nome, comer intuitivo, baseia-se na intuição, uma forma de conhecimento que ocorre de forma imediata, sem a compreensão dos fatos pelo racional, mas sim através das sensações.
A alimentação intuitiva, ou intuitive eating foi desenvolvida com o objetivo de restaurar a conexão da paciente com o próprio corpo, que após anos em dietas restritivas se desconectou de si mesma e já não sabe mais diferenciar a fome física, da emocional, ou, da dependência.
E já quero deixar claro que eu não sou nutricionista ou profissional da área, e que essa matéria não substitui a ida a um nutricionista, nutrólogo, etc, pelo contrário, é importantíssimo ter o acompanhamento de um profissional para te ajudar a alinhar e entender as suas necessidades físicas e emocionais.
Também é importante falar sobre os pilares, os princípios e as ferramentas do comer intuitivo.
1. Permissão incondicional para comer
Ok, não é porque é uma permissão incondicional, que vamos sair por aí comendo igual um caminhão desgovernado. Esse pilar fala mais de compreender que não existem alimentos proibidos, então, não tem porque sentir culpa por consumir determinadas comidas. Ao permitirmos comer de forma incondicional, nos desprendemos da culpa, e associamos a comida sempre às boas sensações e ao prazer.
2. Comer para atender às necessidades fisiológicas
Sério gente, é praticamente desprender por completo a nossa alimentação do nosso emocional. Nosso estado psicológico influencia diretamente na forma em que nos alimentamos. Um exemplo sou eu, que quando estou triste me entupo de qualquer comida que se materializa na minha frente. Isso não é um problema, o problema é quando isso se torna frequente, aí acabamos nos alimentando para saciar a fome emocional. Por isso, um dos principais pilares do comer intuitivo é saber identificar sua fome física e somente comer para saciá-la.
3. Basear-se nos sinais internos de fome e saciedade
Se a ideia é saciar a fome física, logo precisamos saber identificá-la. A fome é notada a partir de sinais físicos, biológicos e gastrointestinais, como quando a barriga ronca. E devemos parar de comer no exato momento em que nosso corpo manda sinais de que já estamos saciados. E sim, existem dias em que se come mais e em outros menos, mas é importante saber identificar as mensagens que nosso corpo envia, e não se deixar levar por angústias e sensações.
Nós já falamos dos pilares e agora vamos desvendar os princípios da prática, que todo mundo deve ter em mente antes de começar a adesão. São eles:
Honrar a fome;
Fazer as pazes com a comida;
Desafiar o policial alimentar;
Sentir a saciedade;
Descobrir o fator da saciação;
Lidar com as emoções sem usar a comida;
Respeitar o seu corpo;
Exercitar-se;
Honrar a saúde.
Então, mude o seu objetivo! Tire o seu foco da perda de peso, e priorize sua saúde física e mental.