Bruna Menegat

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à Sua Moda

Bruna Menegat é consultora de imagem e estilo e estudante de Design de Moda.

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Guarda-roupa real

O estilo de moda único da Rainha Elizabeth II

O mundo todo parou, na última semana, com a notícia do falecimento da Rainha Elizabeth II, aos 96 anos, e nesta coluna, eu não poderia falar sobre outra coisa senão da rainha e da sua relação com a moda. 
Indiscutivelmente, a monarca foi um grande ícone de estilo ao longo desses 70 anos de reinado, o mais longevo da história da Inglaterra. Elizabeth sabia muito bem da importância de seu papel e entendia a força que sua vestimenta tinha para comunicar alguma mensagem. Poder, confiança e tradição eram alguns de seus objetivos de imagem, por isso, tudo que a rainha vestia era cuidadosamente escolhido. 
Além disso, Elizabeth sabia o que seria apropriado para cada ocasião e compreendia muito bem seu estilo, que pouco mudou ao longo dos anos. Se até a década de 1970 ela ainda ousava algumas alterações na sua maneira de se vestir, com o tempo, adotou uma silhueta constante em praticamente todas as suas aparições oficiais. 
Seus looks, sempre sofisticados e modernos, eram compostos basicamente por vestidos acinturados e conjuntos de casacos e saias com modelagens discretas. Algumas vezes, fazia o uso de estampas clássicas, como o floral, o poá e o xadrez, mas o que fazia realmente com que a rainha se destacasse em meio à multidões eram seus looks monocromáticos com cores vibrantes, propositalmente escolhidos para ter maior visibilidade e, também, para que os oficiais e seguranças pudessem melhor acompanhá-la. Além disso, o colorido que vestia transmitia alegria e proximidade ao público.
Nos pés, a rainha fazia uso, na maioria das vezes, de um sapato preto estilo mocassim, com bico quadrado e salto de 5 cm de altura, fabricado pela marca Anello & Davide de Kensington, desde 1969. O diferencial ficava por conta da palmilha, feita sob medida para Elizabeth.

     

Um acessório que estava sempre presente na rainha eram os chapéus. Até os anos 50, mostrar o cabelo não parecia ser “muito adequado” para as damas, por isso, a soberana sempre vestia-os em suas aparições públicas. A recomendação era que o chapéu não fosse muito alto para não atrapalhá-la ao entrar e sair dos veículos, e que a aba não fosse muito ampla, para não obscurecer o seu rosto.
Já suas bolsas eram todas muito semelhantes, geralmente da marca Launer London. Seu tamanho era médio, sempre de mão, com linhas retas e na cor preta. Dentro, ela costumava carregar batom, balas de menta, óculos de leitura e espelho. Curiosidade: a bolsa era uma forma de a Rainha se comunicar, pois, ao trocar o acessório de mão enquanto conversava com alguém, significava um aviso para que seus seguranças a levassem embora.
Além disso, colares e brincos de pérolas eram seus preferidos. Broches também eram vistos em seu ombro esquerdo, por cima do casaco que a rainha nunca tirava em público. Estes elementos traduziam riqueza, tradição e status. No passado era muito comum utilizar o brasão das famílias estampados em broches.
Seus guarda-chuvas eram sempre transparentes, assim as pessoas poderiam enxergar melhor o seu rosto. Além disso, eles seguiam com um acabamento combinando sempre com seus looks.
Luvas também eram indispensáveis, pois funcionavam como proteção, já que a rainha precisava cumprimentar muitas autoridades. Ela usava um modelo chamado “Regina”, sempre pretas ou brancas, de algodão puro com acabamento em camurça escovada ou jersey suíço, da marca Cornelia James.
Elizabeth II deixou a sua marca, a qual será sempre lembrada por toda a história da humanidade. Ficaremos com a figura de uma mulher elegante, autêntica e colorida, que por longos anos dedicou a sua vida ao seu reino.
Vou me despedindo por aqui! Espero que tenham gostado dessa matéria que preparei com muito carinho. Um abraço a todos e até a próxima sexta-feira!