Política

Em um ano de cenário econômico insondável e sucedendo uma administração que investiu na estruturação da jovem Nova Pádua, Ronaldo Boniatti (PSDB) assume, aos 34 anos de idade, a prefeitura do município e planeja não deixar as obras de lado, mesmo que elas tenham um ritmo menor em função da queda no orçamento – previsto em R$ 12,5 milhões em 2017. Em contrapartida, quer ampliar e melhorar os serviços oferecidos para a população, fazendo um trabalho de integração entre secretarias, independente dos diferentes partidos que constituem a histórica união política que resultou em uma chapa única na eleição de 2016. Sobre a principal fonte econômica paduense, Boniatti fala em nova fase para a agricultura.

Boniatti teve seu nome divulgado como pré-candidato em agosto de 2016. De lá para cá trabalhou defendendo que a união faz a força e esse estímulo é benéfico para o desenvolvimento de Nova Pádua. Ao lado do vice-prefeito Gelson Sonda (PP), lidera a administração com um papel, para ele, ainda mais importante do que em eleições tradicionais. “Sabemos que existem os interesses, os orgulhos, os anseios, as expectativas pessoais e de cada partido. Sinto uma responsabilidade muito grande, ainda mais por estar concretizando um modelo que há anos já teve uma tentativa, mas não chegou a se concretizar”, enfatiza o prefeito, que é formado em Educação Física pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e atualmente cursa Administração de Empresas.

A experiência de 12 anos consecutivos na administração confere ao novo prefeito uma capacidade de entendimento em diferentes esferas, trajetória considerada fundamental para ele. Este é um dos assuntos abordados por Boniatti em entrevista concedida ao Jornal O Florense. Ele falou ainda sobre as perspectivas econômicas e prioridades de seu governo. Confira os principais trechos da conversa.

O Florense: Na campanha eleitoral foi citada a ideia de fortalecer o município por meio de uma união política histórica. Quais as primeiras ações que serão colocadas em prática para que esse objetivo se concretize?

Ronaldo Boniatti: Até hoje conseguimos realizar todas as definições com muita tranquilidade, inclusive na escolha do secretariado. Com o início da administração, o objetivo é que as secretarias atuem de forma integrada e que trabalhem bem, inclusive dentro de cada partido. Se cada um desenvolver um bom trabalho, provamos definitivamente que é desta forma que Nova Pádua precisa proceder na questão política e administrativa. A partir de agora as secretarias colocam de lado a questão política e partidária, assim como foi feito na coligação, e se passa a pensar no trabalho voltado à população, com igualdade e dentro de questões, principalmente, legais e com transparência. Muita coisa mudou nesta administração e ainda vai mudar. Acredito que essa oxigenação é muito importante para o município e viemos de encontro ao cenário político nacional de mudanças.

O Florense: Qual é a importância de ser o primeiro prefeito à frente de uma união política histórica para o município?

Boniatti: Sei que a responsabilidade, sem dúvida, aumenta. Nesses 12 anos consecutivos de caminhada dentro da administração pública tive o prazer de poder participar de coligações com ambos os partidos que hoje estão unidos. Acredito que essa experiência foi fundamental e hoje coligados entendo que minha responsabilidade é maior, pois além de administrador, serei um importante mediador, lidando com os interesses de cada um, mas tendo como objetivo em comum o de fazer ‘a coisa’ funcionar, fortalecendo o discurso de que precisamos trabalhar todos juntos pelo desenvolvimento de Nova Pádua. É um desafio pessoal que tenho e gostaria muito de findar um trabalho com condições de uma continuidade dessa coligação para as próximas eleições, esse é o meu grande objetivo à frente dessa administração.

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