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Não há mais vagas para novos buracos na VRS-814

Promessa de recapeamento dos 12 quilômetros da vicinal entre Flores da Cunha e Nova Pádua ainda não saiu do papel

Passados quase três meses do anúncio de recuperação dos 12 quilômetros da VRS-814, vicinal que liga Flores da Cunha a Nova Pádua, nenhuma obra de manutenção foi iniciada até agora. Pelo contrário: a situação de descaso segue cada vez mais evidente pela falta de acostamento, limpeza e de sinalização, e pelo crescente número de buracos. O anúncio do restauro fora feito pelo secretário de Transportes do Estado, Pedro Westphalen, em visita aos municípios no dia 24 de agosto.

O trecho de maior precariedade fica entre o trevo da ERS-122, na saída de Flores da Cunha, até o Km 7, próximo à localidade de Travessão Alfredo Chaves. Além do número incalculável de buracos que surge a cada dia, as frequentes chuvas têm deixado a principal via de ligação entre os municípios praticamente intransitável, especialmente à noite, quando aumenta o risco de acidentes.

Além das crateras que surgem por conta do tráfego intenso de veículos, o trecho é recheado de fendas e extensas rachaduras, retrato da falta de manutenção. A estrada praticamente não suporta mais remendos e as vagas para novos buracos estão cada vez mais escassas. Os usuários que utilizam a via fazem um verdadeiro malabarismo ao volante para desviar dos buracos que encontram pelo caminho, causando perigo aos motoristas e gerando prejuízo para os condutores, que têm de aumentar os gastos com manutenção dos veículos.

Na visita que fez em agosto aos prefeitos de Flores da Cunha e Nova Pádua, Lídio Scortegagna e Itamar Bernardi, respectivamente, o secretário de Transportes anunciou que a vicinal seria recapeada tão logo fosse liberada nova verba para um lote do Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema) do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (Daer-RS). Além disso, o secretário assegurou que após a recuperação da via, a estatal deve repassar às prefeituras a responsabilidade para cuidar da estrada.

Antes de entregar o patrimônio às prefeituras, o Daer-RS se comprometeu em recuperar e sinalizar todo o trecho, para depois, em 2017, fazer a municipalização. Do total de 12 quilômetros, a maior parte (10km) está em território florense. As obras estavam previstas para começar em setembro, no entanto, depois de mais de dois meses do anúncio, nada foi feito.

Contatada por telefone na quarta e na quinta-feira, a assessoria de imprensa do Daer-RS informou que a obra deve ser encaminhada para licitação, porém, não soube especificar prazos. O atual diretor-geral da estatal, Rogério Brasil Uberti, esteve em Flores da Cunha em agosto acompanhando Westphalen (na ocasião Uberti era diretor de operação rodoviária).

 

A falta de sinalização e a buraqueira deixam o tráfego complicado na vicinal. - Antonio Coloda/O Florense  - Antonio Coloda/O Florense  - Antonio Coloda/O Florense  - Antonio Coloda/O Florense  - Antonio Coloda/O Florense
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