Esporte

Goleiro florense jogou com sobrevivente do time da Chapecoense

“Nossa convivência sempre foi muito boa”, diz Ismael Basso, que atuou com Jackson Follmann, envolvido em acidente aéreo na Colômbia

Além das orações dos familiares e torcedores da Chapecoense, o goleiro Jackson Ragnar Follmann, 24 anos, um dos seis sobreviventes do acidente aéreo com a delegação do time brasileiro ocorrido na madrugada de terça-feira, dia 29 de novembro, que matou 71 pessoas na Colômbia, tem uma prece especial de Flores da Cunha. Mais precisamente do distrito de Mato Perso, onde mora seu amigo e companheiro de profissão Ismael Basso, também 24 anos. Basso jogou com Follmann entre 2009 e 2011 nas categorias de base e no time profissional do Juventude de Caxias do Sul. “A nossa convivência sempre foi muito boa. Fiquei feliz ao saber que ele sobreviveu, mas abalado com a notícia de que teve uma perna amputada, por ser um atleta profissional”, conta o jovem florense.

Basso recorda que foi acordado por familiares na manhã de terça-feira com a informação do acidente aéreo. Desde então, não parou de acompanhar as notícias. Além de Follmann, Basso conhece o lateral Alan Ruschell, 27 anos, outro sobrevivente que também é oriundo da base alviverde. “Conversei com o Ramiro por telefone e com amigos em comum de Belo Horizonte para buscar outras informações”, relata Basso, referindo-se ao volante e meia Ramiro do Grêmio, que também jogou com ele, Alan e Follmann no Juventude.

Basso, que torce pela recuperação do amigo, atualmente está sem clube e teve passagens por Juventude, Maringá-PR, Inter-SM, Esportivo de Bento, Castelo-ES e Brasil de Farroupilha, time o qual atuou no primeiro semestre. Ele também joga em campeonatos amadores de Flores da Cunha. Follmann, natural de Alecrim (fronteira Noroeste do Estado), passou por Grêmio, Juventude, Linense-SP e URT-MG antes de chegar à Chapecoense-SC.

O último boletim médico do goleiro Follmann divulgado ontem indicava que o jogador precisaria passar por uma nova cirurgia devido às lesões sofridas nos membros inferiores. Conforme avaliação do diretor do Hospital San Vicente Fundación de Rionegro, médico Ferney Rodriguez, o jogador “continua em estrita observação médica na unidade de cuidados intensivos e sua evolução tem sido positiva, embora a sua situação seja crítica”. Follmann teve a perna direita amputada em razão dos ferimentos. Além dele e do lateral Alan, sobreviveram ao acidente com o avião que transportava 77 pessoas jogador Neto (zagueiro), o jornalista Rafael Henzel e os comissários de bordo bolivianos Erwin Tumiri e Ximena Suárez.

A tragédia com o voo da Chapecoense despertou uma onda de solidariedade em todo o mundo. Desde terça-feira, muitas homenagens são realizadas nas redes sociais, em estádios, monumentos das principais capitais e por times de futebol. Torcedores, prefeituras e entidades também seguem se mobilizando para manter a mobilização em homenagem às vítimas. O velório coletivo da delegação que seguia a Colômbia para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Nacional de Medellín será realizado a partir de hoje, dia 2, em Chapecó. A provável causa do acidente foi falta de combustível na aeronave. A Aeronáutica Civil da Colômbia investiga o caso.

 

Follmann (E) e Basso (E), com o preparador de goleiros Humberto, no CT do Ju em janeiro de 2010. - Maicon Damasceno/O Caxiense/Divulgação
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